MEDIDAS (cm): 140 L X 74 P X 45 H
 
MATERIAIS: madeira cabreúva maciça e fios de algodão tingidos na turalmente.
 
COLABORAÇÃO:
 
Fios de algodão tingidos por Mattricária, Brasília, DF – Brasil
 
Cascas e folhas de embira colhidas por Kulikyrda Mehinaku no entorno da aldeia Kaupüna, Território Indígena do Xingu, MT – Brasil.
 
COLEÇÃO XINGU
 
Curvas e simetria, conforto e beleza. O Banco Embira é uma peça multifacetada que cabe em diversos ambientes, dos mais sofisticados aos mais descolados. Feito em madeira de jequitibá rosa maciça, seus pés parecem frágeis, mas suportam o peso de sentar. Um detalhe que chama a atenção é a amarração feita com fios de algodão tingidos com casca da embira, coletada no entorno da Aldeia Kaupüna, e que é parte da cartela de cores Xingu, criada pela Yankatu especialmente para a coleção.
 
Uma paixão pela madeira, simetria e flexibilidade. É impossível não se apaixonar pela estrutura da “oca” (nome utilizado para designar as casas dos povos indígenas Mehinaku). A sua leveza contrabalançada pela força do conjunto é impressionante.
 
A curvatura permitida pelo tronco das pindaíbas, finas e compridas, a solidez encontrada na madeira de canela que permeia a terra para trazer segurança, e a incrível casca de embira que une tudo, dispensando o uso de pregos. São todas matérias-primas encontradas no entorno, à vista, que têm apenas seus usos revisados, mostrando que é sempre possível encontrar um novo sentido para o que está ao nosso redor e na nossa vida.
Não são apenas línguas e cores diversas, são histórias, costumes, experiências, dores e alegrias, gravadas nos ossos, escritas na pele, correndo pelo sangue. É preciso despir a alma de preconceitos, receber todos os estímulos, desconstruir para poder reconstruir com novo significado, somando o antes e o depois, o meu e o do outro. 
 
Entre fios de algodão tingidos naturalmente com materiais coletados no entorno da Aldeia Kaupüna, palhas de Buriti compondo junto aos grafismos tradicionais, esteiras, cestos e colares de miçangas, nasce a coleção Xingu.
 
Este banco é parte da coleção Xingu de Yankatu. Para criá-lo Maria Fernanda Paes de Barros pesquisou as tradições Mehinaku, visitou a aldeia Kaupüna por um curto período antes da pandemia e passou por inúmeras imersões online com os artesãos locais.
 
É incrível como a visão, após experiências imersivas em culturas ancestrais, começa a ter uma sensibilidade maior para enxergar novas formas de trazer nossa origem para o mundo contemporâneo. É por esse caminho que Maria Fernanda Paes de Barros, artista, pesquisadora e fundadora do Yankatu, percorre. Com a alma absorvida pelas experiências profundas dos lugares por onde passa, Maria Fernanda, à sua maneira, capta uma dose de cada aprendizado, trazendo à tona revelações em forma de peças repletas de valor, como um manifesto em benefício da Identidade brasileira. “A cada viagem que faço, fico mais humilde, percebo diferenças sob novos ângulos, reaprendendo a ver e compreender significados através do lugar do outro”, explica o artista.
 
PRÊMIOS:
 
2022 - Créateurs Design Awards - Finalista indicado ao prêmio Melhor Design de Coleção